segunda-feira, 21 de abril de 2014
terça-feira, 15 de abril de 2014
Em Ritmo de Páscoa com Alain Ducasse
A Páscoa está chegando, e para entrarmos no clima em grande estilo, hoje eu trouxe o vídeo da fábrica de chocolate do badaladíssimo chef francês Alain Ducasse. Quem ama chocolate (como eu) vai suspirar! Olha que incrível:
LE CHOCOLAT - Alain Ducasse from Simon Pénochet on Vimeo.
Mais informações sobre o chef aqui. Outras informações sobre a fábrica aqui.
Espero que tenham gostado!
Até a próxima! ;*
LE CHOCOLAT - Alain Ducasse from Simon Pénochet on Vimeo.
Mais informações sobre o chef aqui. Outras informações sobre a fábrica aqui.
Espero que tenham gostado!
Até a próxima! ;*
segunda-feira, 14 de abril de 2014
Dica de Filme: Casablanca
Certa vez eu estava
procurando filmes bons para assistir. Eu sempre assisti filmes mas, até então, nunca havia me preocupado com a qualidade dos filmes
que eu assistia; eu não era aquele tipo de pessoa que tinha em mãos
a lista de todos os indicados ao Oscar e os assistia
religiosamente, que conhecia os clássicos e tal.
Mas um dia, como
disse, eu resolvi procurar por filmes bons. Daí fui ao nosso amigo
Google, e iniciei uma busca por clássicos, por filmes bem avaliados
pelos cinéfilos e por listas com os melhores filmes de todos os
tempos. Nessa minha busca, um filme se destacou. Nas diversas listas
que encontrei, muitos filmes, obviamente, se repetiam. Mas um em
especial aparecia em TODAS elas, e na maioria ele estava em primeiro
lugar. O filme era Casablanca.
Confesso que, num
primeiro momento, fiquei meio desconfiada se eu realmente iria
gostar, tive um certo preconceito por se tratar de um filme antigo,
datado de 1942. Mas as recomendações eram tão boas e recorrentes
que eu me rendi e assisti. Não me arrependi nem por 1 segundo!! O
filme é maravilhoso e é a minha dica, hoje, pra vocês.
Ficha técnica:
Lançado em 07 de Dezembro de 1942
Dirigido por Michael Curtiz
Com Humphrey Bogart, Ingrid Bergman, Paul Henreid e Dooley Wilson
Gênero: Drama, Romance
Nacionalidade: EUA
Ganhou Oscar nas categorias de: melhor filme, melhor diretor e melhor roteiro adaptado
Foi também indicado ao Oscar nas categorias: melhor ator, melhor ator coadjuvante, melhor fotografia, melhor edição e melhor trilha sonora.
Trailer (com legenda):
E lembrem-se: "We'll always have Paris!"
:)
Até a próxima, pessoal! ;*
Fontes: 1, 2
domingo, 13 de abril de 2014
Atreva-se!
Durante minha
adolescência, um site que eu gostava de visitar (e me divertia
horrores) era o extinto Publi.tv,
ele reunia os melhores vídeos publicitários do mundo (segundo a curadoria deles) e eu sempre achava lá propagandas hilárias e interessantes que realmente me divertiam e que, geralmente, não
eram veiculadas aqui no Brasil.
Bom, alguns destes
vídeos me marcaram, uns por serem pouco convêncionais, outros por serem muito engraçados, mas um, em
especial, por ser muito motivador. Trata-se de um comercial de uma
rede de lojas de departamento peruana (SAGA Falabella) que convida as
mulheres a terem coragem para mudar.
Hoje, assistindo novamente a este vídeo me lembrei de um texto que li de Augusto Cury que complementa bem a mensagem do comercial.
Sem mais delongas, o vídeo e o texto compartilho abaixo com vocês.
Hoje, assistindo novamente a este vídeo me lembrei de um texto que li de Augusto Cury que complementa bem a mensagem do comercial.
Sem mais delongas, o vídeo e o texto compartilho abaixo com vocês.
Atrevete. Cambia. (Atreva-se. Mude)
"Desejo que você não tenha medo da vida, tenha medo de não vivê-la.
Não há céu sem tempestades, nem caminhos sem acidentes.
Só é digno do pódio quem usa as derrotas para alcançá-lo.
Só é digno da sabedoria quem usa as lágrimas para irrigá-la.
Os frágeis usam a força; os fortes, a inteligência.
Seja um sonhador, mas una seus sonhos com disciplina,
Pois sonhos sem disciplina produzem pessoas frustradas.
Seja um debatedor de idéias. Lute pelo que você ama."
Augusto Cury
Espero que tenham
gostado!
quinta-feira, 10 de abril de 2014
O Quase
Há muitos anos
(acho que uns 10), no início da minha adolescência, enquanto eu
procurava uns textos de Luis Fernando Veríssimo (meu autor
favorito) na internet, entrei em contato com um texto que me
fascinou: o “Quase”. É um texto muito inspirador, que foi
amplamente compartilhado na época dos e-mails de Powerpoint, e ainda
agora na 'Era Facebook' continua fazendo sucesso... o irônico é que
o texto na realidade não é de autoria do Veríssimo, conforme ele
publicou em sua coluna no dia 24/03/2005 no jornal Zero Hora:
‘Presque’
Luis Fernando
Veríssimo
24/3/2005 – Zero
Hora
A internet é uma
maravilha, a internet é um horror. Não sei como a Humanidade pôde
viver tanto tempo sem o e-mail e o Google, não sei o que será da
nossa privacidade e da nossa sanidade quando só soubermos conviver
nesse syberuniverso assustador. O mais admirável da internet é que
tudo posto nos seus circuitos acaba tendo o mesmo valor, seja receita
de bolo ou ensaio filosófico, já que o meio e o acesso ao meio são
absolutamente iguais. O mais terrível é que tudo acaba tendo a
mesma neutralidade moral, seja pregação inspiradora ou pregação
racista — ou receita de bomba — já que a linguagem técnica é a
mesma e a promiscuidade das mensagens é incontrolável. Não temos
nem escolha entre o admirável e o terrível, pois acima de qualquer
outra coisa a internet, hoje, é inevitável.
(...) Já li vários textos com assinaturas improváveis na internet,
inclusive vários meus que nunca assinei, ou assinaria. Um, que
circulou bastante, comparava duplas sertanejas com drogas e
aconselhava o leitor a evitar qualquer cantor saído de Goiânia, o
que me valeu muita correspondência indignada. Outro era sobre uma
dor de barriga desastrosa, que muitos acharam nojento ou, pior,
sensacional. O incômodo, além dos eventuais xingamentos, é só a
obrigação de saber o que responder em casos como o da senhora que
declarou que odiava tudo que eu escrevia até ler, na internet, um
texto meu que adorara, e que, claro, não era meu. Agradeci,
modestamente. Admiradora nova a gente não rejeita, mesmo quando não
merece.
O texto que
encantara a senhora se chamava "Quase" e é, mesmo, muito
bom. Tenho sido elogiadíssimo pelo "Quase". Pessoas me
agradecem por ter escrito o "Quase". Algumas dizem que o
"Quase" mudou suas vidas. Uma turma de formandos me
convidou para ser seu patrono e na última página do caro catálogo
da formatura, como uma homenagem a mim, lá estava, inteiro, o
"Quase". Não tive coragem de desiludir a garotada. Na
internet, tudo se torna verdade até prova em contrário e como na
internet a prova em contrário é impossível, fazer o quê?
Eu gostaria de
encontrar o verdadeiro autor do "Quase" para agradecer a
glória emprestada e para lhe dar um recado. No Salão do Livro de
Paris, na semana passada, ganhei da autora um volume de textos e
versos brasileiros muito bem traduzidos para o francês, com uma
surpresa: eu estava entre Clarice Lispector, Carlos Drummond de
Andrade, Manuel Bandeira e outros escolhidos, adivinha com que texto.
Em francês ficou Presque.
Foi descoberto que a
autora do texto é, na verdade, Sara Westphal, que escreve no blog Papel Baunilha.
Enfim, autores à
parte, hoje, eu gostaria apenas de compartilhar com vocês este
texto, que me inspira há tantos anos:
Ainda pior que a convicção do não ou a incerteza
do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que
me incomoda, que me entristece, que me mata
trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.
Quem quase ganhou ainda joga,
quem quase passou estuda,
quem quase morreu está vivo,
quem quase amou não amou.
Basta pensar nas oportunidades que escaparam
pelos dedos, nas chances que se perdem por medo,
nas ideias que nunca sairão do papel
por essa maldita mania de viver no outono.
Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher
uma vida morna; ou melhor não pergunto, contesto.
A resposta eu sei de cór. Está estampada na distância
dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença
dos "Bom dia", meio que sussurrados.
Sobra covardia e falta coragem até para ser feliz.
A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir,
entre a alegria e a dor, sentir nada, mas não são.
Se a virtude estivesse mesmo no meio termo,
o mar não teria ondas, os dias seriam nublados
e o arco-íris em tons de cinza.
O nada não ilumina, não inspira,
não aflige nem acalma,
apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si.
Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas
estejam ao alcance. Para as coisas que não podem ser mudadas
resta-nos contentamento e paciência, porém
preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é
desperdiçar a oportunidade de merecer.
Pros erros há perdão; pros fracassos, chance;
pros amores impossíveis, tempo.
De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.
Um romance cujo fim é instantâneo e indolor não é romance.
Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode,
que o medo impeça de tentar.
Desconfie do destino e acredite em você.
Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando,
vivendo que esperando porque,
embora quem quase morre esteja vivo,
quem quase vive já morreu.
Sara Westphal - 18/04/2002
Espero que tenham se
inspirado!
Até a próxima! :*
quinta-feira, 3 de abril de 2014
Sobre o Minimalismo: Consumindo Menos
Eu tenho o hábito de intercalar minhas leituras. Gosto de entre duas leituras "sérias" ter uma leitura "recreativa" - quando digo leituras sérias me refiro a assuntos que afetam o meu campo de estudo ou profissional (não que sejam necessariamente pesadas ou ruins) e quando digo leituras recreativas estou falando de livros com temas dos quais eu gosto, e que leio mais para me distrair ou até mesmo para me trazer crescimento em algum aspecto da minha vida (moda, culinária, etiqueta...) - que geralmente são leituras bem mais leves.
Bom, escrevi isto para dizer que a minha última leitura recreativa foi o estopim de uma grande, GRANDE mudança na minha vida. O livro foi 'Madame Charme - Lições de Estilo, Beleza e Comportamento Que Aprendi Em Paris' de Jennifer L. Scott (http://dailyconnoisseur.blogspot.com.br/), onde a autora, conforme o título sugere, divide com os leitores as lições que aprendeu em Paris durante um intercambio de 6 meses, onde morou com a família denominada por ela como 'Charme'.
Não se preocupem que não vim aqui discorrer sobre moda, arte ou perfumes (embora sejam temas que me agradem muito) mas vim compartilhar com vocês o que pude extrair deste livro que, por alguma razão, mais me impactou: o minimalismo natural do parisiense (queria dizer do minimalismo europeu, mas como não tenho informações suficientes a respeito, preferi não me arriscar). No livro, uma das lições aprendidas citadas pela autora é o guarda-roupa de 10 peças, que, obviamente, consiste em um guarda-roupa construído a partir de 10 peças básicas com a adição de alguns poucos complementos e pronto. A ideia é você ter poucos itens, mas que sejam todos de muito boa qualidade (a melhor que você puder pagar) daí tudo coordena com tudo, e todo dia a roupa que se veste é de boa qualidade (semelhante à ideia pregada por Fernanda e Cristina da Oficina de Estilo, no livro Vista Quem Você É). E as pessoas vivem muito bem assim. Sério, não morrem.
Outro ponto abordado pela autora que se relaciona a isto é a renúncia ao que ela chama de "novo materialismo", os parisienses, segundo a autora, não estão o tempo todo correndo atrás de coisas novas: tv, computador, móveis, eletroportáteis... eles não entram nessa correria louca atrás das novidades que sempre alegamos precisar, eles curtem muito mais que nós as coisas que tem, e valorizam muito mais o viver a vida do que o comprar. Que loucura, né? A nossa. Sim, este foi o grande clic que este livro me causou. O normal aqui nas Américas é o acumular, o capitalismo nos engoliu de uma maneira tão inebriante que nós somos muitas vezes levados a agir sem ter consciência do que de fato estamos fazendo (não sou socialista). Nossas mentes estão tão ocupadas sendo seduzidas por todo tipo de publicidade e indução ao comprar, querer, precisar, que muitas vezes não refletimos sobre o que estamos fazendo com nossas vidas.
Depois que minha ficha caiu, fiquei com vergonha do meu guarda-roupa. Abri, e pela primeira vez comecei a olhar para ele tentando o dissociar de minhas emoções, e achei um sem número de peças repetidas com apenas alguns detalhes diferentes que me levavam a comprar 2, 3 peças ao invés de 1, ou nenhuma. Roupas antigas que eu não gosto mais, mas um apego sem sentido me impedia de doar, roupas que já não me caiam bem, roupas já com bolinhas (de desgaste) outras que nem em casa seria legal usar, fora a quantidade de blusas e cardigãs um de cada cor, sendo que eu moro numa cidade quente, litorânea, tropical que nunca justificaria essa quantidade de roupas para o frio. Encontrei roupas também em perfeito estado de conservação que eu só havia usado 1 vez desde que comprei, há mais de um ano, e no fundo eu sabia que não gostaria de usá-las, e eu nem sabia me explicar porque eu havia comprado aquelas benditas peças de roupa. Cintos: 5 cintos marrons, 5 de elástico (oi?) e eu mal uso cinto... Que vergonha!! Por que aquilo tudo? Eu havia roubado a mim mesma! Todo aquele dinheiro gasto naquilo... por quê?
Aquilo tudo estava ocupando espaço não só no meu guarda-roupa, mas na minha vida. Uma outra coisa abordada também pela autora no livro foi sempre o usar o que se tem de melhor, e isso tudo junto faz todo sentido! Se você só tem o necessário e quando vai comprar se preocupa com a qualidade você tem muito mais probabilidade de conseguir (depois de um clic desse tipo) curtir o que tem, e por ter qualidade as coisas (em geral) vão "estragar" menos e você não vai precisar se preocupar tão cedo em substituir e a vida fica muito mais inteira.
Gente, isso economiza tudo! Tempo, dinheiro, energia, espaço. Para mim foi a chave para desatar as amarras do consumismo, da necessidade de ter coisas não necessárias. Daí te sobra tempo pra viver a vida, curtir o que tem, curtir as pessoas ao seu redor, curtir se vestir todos os dias, curtir ser você. Você aprende a refinar seus gostos, ser mais seletiva com o que te rodeia, a remover o que é ruim na sua vida para abrir espaço para o que é maravilhoso!
Assim que isso tudo começou a fazer sentido na minha mente, fui para o youtube pesquisar sobre o minimalismo, gosto de aprender com a experiência de outras pessoas, isso sempre é enriquecedor. E me deparei com coisas muito interessantes, vi por exemplo uma moça que resolveu encarar esse estilo de vida minimalista e com isso focar os "esforços econômicos" dela para viajar: olha que riqueza! Também encontrei pessoas que entraram nessa pois tem uma forte consciência ecológica e quer ter uma vida menos nociva para o planeta, produzir menos lixo e etc, e isso é lindo! Encontrei pessoas participando de um projeto que se chama "333" onde as pessoas escolhem 33 peças do guarda-roupa para viver durante 3 meses, empacotam o resto e embarcam num "test-drive" de um guarda-roupa minimalista. Uma ideia super legal pra quem se identifica com o conceito, mas quem sabe ainda tem medo!?
Essa experiência para mim foi muito recente e as mudanças continuam repercutindo na minha vida. Isto não poderia ter acontecido em momento melhor na minha vida. Ainda não tenho um guarda-roupa de 10 peças, e nem acredito que chegarei a tanto, mas reduzi drasticamente minha quantidade de roupas e busco pouco a pouco aplicar estes conceitos em todas as áreas da minha vida. Afinal, pra quê acumular tanta coisa? Há muito mais contras do que prós, não é verdade?
Abaixo vou colocar alguns dos vídeos citados, para quem interessar.
Espero que tenham gostado!
Até a próxima! :*
Bom, escrevi isto para dizer que a minha última leitura recreativa foi o estopim de uma grande, GRANDE mudança na minha vida. O livro foi 'Madame Charme - Lições de Estilo, Beleza e Comportamento Que Aprendi Em Paris' de Jennifer L. Scott (http://dailyconnoisseur.blogspot.com.br/), onde a autora, conforme o título sugere, divide com os leitores as lições que aprendeu em Paris durante um intercambio de 6 meses, onde morou com a família denominada por ela como 'Charme'.
Não se preocupem que não vim aqui discorrer sobre moda, arte ou perfumes (embora sejam temas que me agradem muito) mas vim compartilhar com vocês o que pude extrair deste livro que, por alguma razão, mais me impactou: o minimalismo natural do parisiense (queria dizer do minimalismo europeu, mas como não tenho informações suficientes a respeito, preferi não me arriscar). No livro, uma das lições aprendidas citadas pela autora é o guarda-roupa de 10 peças, que, obviamente, consiste em um guarda-roupa construído a partir de 10 peças básicas com a adição de alguns poucos complementos e pronto. A ideia é você ter poucos itens, mas que sejam todos de muito boa qualidade (a melhor que você puder pagar) daí tudo coordena com tudo, e todo dia a roupa que se veste é de boa qualidade (semelhante à ideia pregada por Fernanda e Cristina da Oficina de Estilo, no livro Vista Quem Você É). E as pessoas vivem muito bem assim. Sério, não morrem.
Outro ponto abordado pela autora que se relaciona a isto é a renúncia ao que ela chama de "novo materialismo", os parisienses, segundo a autora, não estão o tempo todo correndo atrás de coisas novas: tv, computador, móveis, eletroportáteis... eles não entram nessa correria louca atrás das novidades que sempre alegamos precisar, eles curtem muito mais que nós as coisas que tem, e valorizam muito mais o viver a vida do que o comprar. Que loucura, né? A nossa. Sim, este foi o grande clic que este livro me causou. O normal aqui nas Américas é o acumular, o capitalismo nos engoliu de uma maneira tão inebriante que nós somos muitas vezes levados a agir sem ter consciência do que de fato estamos fazendo (não sou socialista). Nossas mentes estão tão ocupadas sendo seduzidas por todo tipo de publicidade e indução ao comprar, querer, precisar, que muitas vezes não refletimos sobre o que estamos fazendo com nossas vidas.
Depois que minha ficha caiu, fiquei com vergonha do meu guarda-roupa. Abri, e pela primeira vez comecei a olhar para ele tentando o dissociar de minhas emoções, e achei um sem número de peças repetidas com apenas alguns detalhes diferentes que me levavam a comprar 2, 3 peças ao invés de 1, ou nenhuma. Roupas antigas que eu não gosto mais, mas um apego sem sentido me impedia de doar, roupas que já não me caiam bem, roupas já com bolinhas (de desgaste) outras que nem em casa seria legal usar, fora a quantidade de blusas e cardigãs um de cada cor, sendo que eu moro numa cidade quente, litorânea, tropical que nunca justificaria essa quantidade de roupas para o frio. Encontrei roupas também em perfeito estado de conservação que eu só havia usado 1 vez desde que comprei, há mais de um ano, e no fundo eu sabia que não gostaria de usá-las, e eu nem sabia me explicar porque eu havia comprado aquelas benditas peças de roupa. Cintos: 5 cintos marrons, 5 de elástico (oi?) e eu mal uso cinto... Que vergonha!! Por que aquilo tudo? Eu havia roubado a mim mesma! Todo aquele dinheiro gasto naquilo... por quê?
Aquilo tudo estava ocupando espaço não só no meu guarda-roupa, mas na minha vida. Uma outra coisa abordada também pela autora no livro foi sempre o usar o que se tem de melhor, e isso tudo junto faz todo sentido! Se você só tem o necessário e quando vai comprar se preocupa com a qualidade você tem muito mais probabilidade de conseguir (depois de um clic desse tipo) curtir o que tem, e por ter qualidade as coisas (em geral) vão "estragar" menos e você não vai precisar se preocupar tão cedo em substituir e a vida fica muito mais inteira.
Gente, isso economiza tudo! Tempo, dinheiro, energia, espaço. Para mim foi a chave para desatar as amarras do consumismo, da necessidade de ter coisas não necessárias. Daí te sobra tempo pra viver a vida, curtir o que tem, curtir as pessoas ao seu redor, curtir se vestir todos os dias, curtir ser você. Você aprende a refinar seus gostos, ser mais seletiva com o que te rodeia, a remover o que é ruim na sua vida para abrir espaço para o que é maravilhoso!
Assim que isso tudo começou a fazer sentido na minha mente, fui para o youtube pesquisar sobre o minimalismo, gosto de aprender com a experiência de outras pessoas, isso sempre é enriquecedor. E me deparei com coisas muito interessantes, vi por exemplo uma moça que resolveu encarar esse estilo de vida minimalista e com isso focar os "esforços econômicos" dela para viajar: olha que riqueza! Também encontrei pessoas que entraram nessa pois tem uma forte consciência ecológica e quer ter uma vida menos nociva para o planeta, produzir menos lixo e etc, e isso é lindo! Encontrei pessoas participando de um projeto que se chama "333" onde as pessoas escolhem 33 peças do guarda-roupa para viver durante 3 meses, empacotam o resto e embarcam num "test-drive" de um guarda-roupa minimalista. Uma ideia super legal pra quem se identifica com o conceito, mas quem sabe ainda tem medo!?
Essa experiência para mim foi muito recente e as mudanças continuam repercutindo na minha vida. Isto não poderia ter acontecido em momento melhor na minha vida. Ainda não tenho um guarda-roupa de 10 peças, e nem acredito que chegarei a tanto, mas reduzi drasticamente minha quantidade de roupas e busco pouco a pouco aplicar estes conceitos em todas as áreas da minha vida. Afinal, pra quê acumular tanta coisa? Há muito mais contras do que prós, não é verdade?
Abaixo vou colocar alguns dos vídeos citados, para quem interessar.
Espero que tenham gostado!
Até a próxima! :*
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